Ou seja, a alta na Selic não pegou o mercado de surpresa. Desde a última reunião do BC, em dezembro, já se antecipava esse movimento para janeiro. E o Copom já confirmou a previsão de mais uma alta de 1 ponto percentual em março. A conduta simboliza uma permanência de visão da instituição mesmo com a troca na presidência do Banco Central.
A reunião desta semana foi a primeira sob o comando de Gabriel Galípolo, nome indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumiu o cargo este mês, substituindo Roberto Campos Neto. “Os bancos e instituições financeiras não vão mudar o planejamento de custo do crédito por conta desta decisão”, observa Moraes.
“O cenário que contempla um ciclo de elevação da Selic para um patamar entre 14,25 e 15,25% ao ano já está sendo incorporado por essas empresas desde o final do ano passado”, afirma. Isso não significa, porém, que os custos dos financiamentos passarão ilesos.
Como efeito prático, a expectativa é que o setor enfrente um período de estagnação em 2025. “O mercado deverá apresentar redução relevante do vigor que apresentou no último ano. O ambiente será de ajustes, muito provavelmente com menos negócios”, analisa o economista.
Fonte: Estadão Imóveis